segunda-feira, dezembro 20, 2010

Adoração da Luz

As tradições religiosas contam que o mundo foi criado após a manifestação da luz. O moderno pensamento científico sustenta que nosso universo foi criado a partir da explosão de um átomo primordial. Nas antigas práticas místicas de civilizações como Egito, Grécia e outras, esse átomo primordial era conhecido como “Ovo Cósmico”. Místicos e cientistas concordam que o Universo nasceu da explosão de um átomo, e que essa explosão liberou a luz onde só havia trevas. Assim, o Universo foi feito de luz.
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Solange Firmino

Leia o texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.

terça-feira, dezembro 07, 2010

Lâmia, a mulher devoradora


São muitas as figuras femininas devoradoras na mitologia grega, como a Esfinge, as Harpias, as Danaides  e as Sereias. Mesmo Sêmele, que não era um monstro, devorou o coração de Zagreu, primeiro Dioniso, e deu nascimento ao segundo Dioniso, conforme se conta no mito órfico  Lâmia era uma dessas figuras e, assim como algumas delas, antes de se tornar um monstro temido, era uma linda mulher.
Diversas histórias são contadas a respeito de Lâmia. Sua figura consta nos bestiários de várias culturas como uma criatura maligna. A aparência da Lâmia varia de uma lenda para outra. A maior parte das versões conta que seu corpo apresentava cauda de serpente abaixo da cintura e aparência feminina da cintura para cima, versão que se tornou bem popular quando o poeta inglês John Keats escreveu o poema ‘Lamia', em 1819. Lâmia também já foi descrita como uma mulher de rosto distorcido.

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Solange Firmino

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Imagem: Harpia carrega criança. British Museum.

terça-feira, novembro 23, 2010

Deuses em órbita

A palavra “asteroide” é derivada do grego “astér”, que significa estrela, e “oide”, que denota semelhança. Os pontos de luz que foram vistos nos primeiros telescópios eram parecidos com estrelas. Posteriormente, quando foram fotografados perto de sondas espaciais, notaram que os asteroides tinham superfície como a da Lua, cheia de crateras. Já foi popular a ideia de que os asteroides eram remanescentes de um planeta cujos habitantes descobriram a energia nuclear e com ela explodiram seu mundo. A teoria atualmente aceita é de que essas rochas são fragmentos de planetas que não se formaram.

Conforme foram ‘descobertos', os planetas receberam nomes de deuses da mitologia greco-romana: Júpiter, Marte, Mercúrio, Vênus, Saturno, Urano, Netuno, Plutão. Os asteroides também receberam nomes de deuses gregos durante algum tempo. No início, apenas nomes de deusas, quando os nomes se esgotaram, receberam nomes de cidades, estados, animais de estimação e pessoas reais ou fictícias. Normalmente, quem encontrasse um asteroide novo, podia dar-lhe um nome. Atualmente, a maioria deles é designada pelo ano da descoberta, seguido de letras ou números.
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Solange Firmino

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Imagem: Asteroide Eros.

domingo, novembro 14, 2010

Cacto

Na aridez do deserto
a vida percorre caminhos
de clorofila e silêncio

Solange Firmino

* Selecionado para votação no Texto da Semana no Livro da Tribo em novembro de 2010.

Electra


A tragédia Electra, do grego Eurípides, foi provavelmente representada pela primeira vez nas Dionísias Urbanas, umas das festas religiosas mais importantes de Atenas, celebrada no início da primavera em honra ao deus Dioniso. A festa durava seis dias e consistia em sacrifícios, procissão solene e concursos dramáticos. Segundo as lendas sobre Dioniso, foi em uma dessas festas que surgiu um elemento fundamental na arte teatral, a figura do ator, quando uma pessoa do coro dialogou como se fosse o próprio deus. 

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Solange Firmino

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Imagem: Electra em detalhe de alabastro ático, Museu Metropolitan.

sábado, novembro 06, 2010






* Poema selecionado para a coletânea "Os cem melhores poemas do TOC140", parte da programação literária da Fliporto 2010, a VI Festa Literária Internacional de Pernambuco.
  

Concurso Poemas no Ônibus e no Trem


A Secretaria da Cultura de Porto Alegre divulga a lista dos selecionados na edição 2010 do concurso Poemas no Ônibus e no Trem. São 48 autores que, além de terem seus poemas expostos no transporte coletivo, farão parte de coletânea a ser publicada no próximo ano.

A  19ª edição do Concurso Poemas no Ônibus  contou com mais de 700 inscrições. Os autores selecionados foram escolhidos pelo corpo de jurados, formado por Andréia Laimer, Cristina Macedo, Guto Leite, Lorenzo Ribas e Sidnei Schneider. Confira a lista dos autores selecionados na edição 2010 que estarão com seus poemas circulando nos coletivos da cidade a partir de 2011.

A lista também está disponível no estande da SMC na 56ª do Livro de Porto Alegre. Outras informações podem ser obtidas através dos fones 3289.8071 ou 3289.8072.

Selecionados:



Adair Philippsen
Alcir Nicolau Pereira
Alexandre Letnner dos Santos
Ana Luiz Trindade de Melo
Anelizse Zeidler
Carolina Duarte da Silva
Cíntia Perin
Cleonice de Campos Bourscheid
Cosme Custório Silva
Cristiane Dias
Daniel Luis de Souza
Dilveu Lúcio Carvalho Dias
Domingos Fábio dos Santos
Douglas Hugentobler Gimenis
Eduardo Silva de Morais
Evandro Marques de Souza Gomes
Fernando Fábio Fiorense Furtado
Geni Oliveira de Oliveira
Gercy Oliveira Godoy
Gilson André França de Mattos
Iara Rosali Miranda
Igor Rosa Dias de Jesus
Jean Marcel Snege
João Fernandes Lucho Melgrejo
Jordan Maia da Silva Padilha
José Edy Pereira Ferreira
José Nedel
José Schenker Weis
Juarez Cesar Fontana Miranda
Karine Alves Rosa
Laura dos Santos Boeira
Luiz Ernani Silveira de Souza
Marcelo Alves
Maria Cecília Consentino Franco
Maria da Graça Landell de Moura
Mariah de Olivieri
Milton Braga da Mota Junior
Paulo Cesar Dias Rodrigues
Paulo Cesar Tórtora
Rodrigo Domit
Ronaldo Cagiano
Rosana Banharoli
Solange Firmino de Souza
Tatiana Alves Soares Caldas
Tereza Azambuya
Thaís Botelho Silva
Tiago Dias da Silva
Vagner Brum Bitencourt

sábado, outubro 23, 2010

Hércules e as Aves do Lago de Estinfalo

Hércules era filho de Zeus com a mortal Alcmena. A esposa legítima do Senhor do Olimpo, Hera, perseguiu Hércules desde que ele era bebê, quando enviou serpentes para matá-lo e ele as estrangulou. Quando Hércules cresceu, Hera mandou uma das Fúrias provocá-lo com uma loucura, fazendo com que matasse a própria mulher e os filhos. Seguindo os conselhos do Oráculo de Delfos, Hércules serviu ao primo Euristeu como forma de se purificar do crime. O rei era simpatizante de Hera e impôs trabalhos mortais a Hércules.

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Solange Firmino

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Imagem: Ânfora ática, Hércules e as Aves do Estinfalo.

quinta-feira, outubro 21, 2010

Criação

Hoje, 21/10/2010, aconteceu na Fundação Ceperj a solenidade de entrega dos prêmios aos 26 servidores vencedores nas categorias poesia e conto da ‘14ª edição do Concurso Literário do Servidor Público do Estado do Rio de Janeiro’. Na solenidade, o presidente da Fundação, Jorge Barreto, lançou o livro ‘Servidor da Letras 2010’, que reúne os trabalhos laureados, inclusive o meu poema abaixo:

Criação


O tempo atravessa o mundo
avança pelos detritos
rasga o espaço
e chora no ombro da noite
seu cansaço de insônia

O tempo atravessa o mistério
das perguntas gastas
e o meu coração
que bate fértil e materno

O tempo atravessa a solidão humana
tão indizível que nem cabe no verso
que é deserta e sem nome
insone e surda

O tempo
Em seu nascer-morrer sem fim nem começo
Atravessa o sol de outono
e o azul e frágil céu dos deuses

Os deuses atravessam o tempo
e as fronteiras nuas das estrelas
ei-los, obscenos,
criando o homem e o universo

Solange Firmino


sábado, outubro 16, 2010

Mito em Contexto número 100!


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Muitas centenas de anos nos separam dos primórdios da cultura greco-romana. O Olimpo hoje é apenas uma montanha na paisagem, e não parece abrigar os deuses, mas as representações que sobreviveram podem ser vistas entre as ruínas de várias cidades ou espalhadas pelos museus. Ainda que os deuses mitológicos não sejam cultuados, os mitos vivem na literatura. Os deuses e heróis das lendas dialogam com nosso cotidiano. Trazemos sua grandeza, seus poderes e vitórias para nossas próprias vidas e lhes damos sentido.

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Solange Firmino


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Imagem: Busto de Zeus no Museu de Nápoli.

domingo, setembro 12, 2010

Zeus e Calisto

Antes de vencer os Titãs, Zeus destronou o pai Crono, que já havia destronado o pai Urano. Depois de castigar os inimigos, o novo Senhor do mítico Monte Olimpo cedeu o poder do mar ao irmão Poseidon e o mundo subterrâneo ao irmão Hades. O domínio de Zeus foi consolidado com uniões amorosas que produziram deuses e heróis, confirmando um de seus epítetos de deus da fertilidade. Inúmeras famílias míticas, e até famílias reais, apontavam um ancestral nascido dos amores de Zeus, afinal, a origem divina também era um atributo da realeza.

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Solange Firmino

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Imagem: Calisto e Zeus (na forma de Ártemis), de François Boucher.


sábado, agosto 21, 2010

Hércules e o Javali do Erimanto

O herói Hércules, filho da mortal Alcmena com Zeus, Senhor do Olimpo, seguiu os conselhos do Oráculo de Delfos e serviu ao primo Euristeu para se purificar por ter matado a mulher e os filhos. Hércules o fizera sob uma loucura temporária provocada pelas Fúrias a mando de Hera, a legítima esposa de Zeus. O rei Euristeu era simpatizante de Hera e impôs trabalhos mortais a Hércules.

A primeira tarefa do herói foi matar o invencível Leão que devastava a região de Nemeia e levar a pele ao rei; logo após, matou a serpente gigante Hidra, que aterrorizava a região pantanosa de Lerna. Também caçou e levou viva para Micenas a corça Cerinia. Na quarta aventura envolvendo um perigoso animal, Hércules enfrentou um javali e o levou a Euristeu.

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Solange Firmino

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Imagem: Hércules e o javali, ânfora do século VI a.C.

XIII Prêmio Cidadão de Poesia

A festa de premiação acontece hoje (21/08/2010) em Limeira.

Os classificados da Categoria Livre são os seguintes:

- Fênix - Solange Firmino de Souza (Rio de Janeiro/RJ)
Primeiro Lugar (EU!)

- Sepucral - Sebastião Bonifácio Junior (Muriaé – MG)
Segundo lugar

- Lambendo com a poesia - Julinho Terra (Rio de Janeiro/RJ)
Terceiro Lugar

• Menções Honrosas

Sangrei meus lábios de beijar quimeras (Alessandra Pires Bertazzo - Curitiba/PR)

IML (Éder Rodrigues - Belo Horizonte/MG)

Sorte grande (Elias Araújo - Américo Brasiliense/SP

Descalça (Henriette Effenberger - Bragança Paulista/SP)

Sua excelência, a rima (Nédia Sales de Jesus, - Conceição do Almeida/BA)

Ser tão Severino (Rômulo César L. R. de Melo, - Recife/PE)

Apropriação indébita (Tatiana Alves - Rio de Janeiro/RJ)

Participaram 37 poetas na Categoria Regional e 82 na Categoria Livre, totalizando 119 inscritos, representando 50 cidades de vários estados brasileiros e uma de Portugal.

terça-feira, agosto 10, 2010

Leto e os filhos de Zeus


Após uma aventura com Zeus, Leto engravidou e percorreu o mundo quando a hora do parto estava próxima. Hera, esposa legítima do deus, proibiu a terra de acolher a grávida, e nenhuma região quis recebê-la. Leto recebeu abrigo na ilha de Ortígia, que não estava fixa em parte alguma e, portanto, não pertencia à Terra. Um dos gêmeos nascidos de Leto, Apolo, mudou depois o nome da ilha para Delos e a fixou no Centro do mundo grego.

Leto passou dias sofrendo, pois Hera segurou no Olimpo a deusa dos partos, Ilítia, que fechava o caminho de Leto com o ato de manter as pernas cruzadas. Outras deusas estavam ao lado de Leto, mas nada podiam fazer sem o consentimento de Hera e a presença de Ilítia. Enviaram a mensageira Íris com um presente para Hera: um colar de fios entrelaçados. Quando colocou o colar no pescoço, a deusa liberou as energias represadas: Ilítia descruzou as pernas e desceu à ilha.

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Solange Firmino

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Imagem: Apolo, Ártemis e Leto.

sábado, julho 17, 2010

Glauco e Sila


Glauco era uma divindade marinha cujas origens divergem, mas a lenda mais conhecida diz que era filho de um pescador. Um dia, pescando em uma ilha, descobriu que a relva onde colocava os peixes que apanhava os trazia de volta à vida. Decidiu então provar as folhas.

O jovem logo sentiu vontade de entrar na água, e os deuses Oceano e Tétis receberam o novo membro com honras. Seu aspecto mudou, passou a ter cabelos verdes e cauda de peixe no lugar das pernas. A partir daí, pertencia definitivamente ao mar.

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Solange Firmino

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Imagem: A feiticeira Circe, de J.W. Waterhouse.

sexta-feira, junho 25, 2010

Têmis, segunda esposa de Zeus


Em grego, a palavra ‘Thémis' tem origem no verbo ‘tithénai', “estabelecer como norma”, por isso Têmis representa o que é estabelecido como a regra, a Lei divina, a Justiça, por oposição à Lei humana. Têmis foi considerada a deusa da Justiça emanada dos deuses e das Leis eternas e aparecia como segunda esposa de Zeus, após Métis.

Têmis foi mãe das Horas: Irene (Paz), Eunômia (Disciplina) e Dike (Justiça), que eram consideradas guardiãs do ciclo natural de crescimento da vegetação e do clima, chamadas também de Estações. Representavam a ordem natural e cíclica: primeiro o inverno, depois a primavera; primeiro o dia, depois a noite; uma hora depois a outra... Eram divindades da natureza e ainda asseguravam o equilíbrio da vida em sociedade. A lei da ordem natural é uma extensão dos atributos da Justiça emanada da mãe Têmis.

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Solange Firmino

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Imagem: Têmis e Egeu.


domingo, junho 13, 2010

A paciência de Hércules


Hércules era filho da mortal Alcmena com Zeus, Senhor do Olimpo. A esposa legítima do deus, Hera, perseguiu Hércules desde que ele era bebê, quando enviou serpentes para matá-lo e ele as estrangulou. Quando Hércules cresceu, Hera mandou uma das Fúrias provocá-lo com uma loucura, fazendo com que matasse a própria mulher e os filhos. O herói seguiu os conselhos do Oráculo de Delfos e serviu ao primo Euristeu como forma de se purificar do crime. O rei era simpatizante de Hera e impôs trabalhos mortais a Hércules, que continuou com Hera no seu encalço.

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Solange Firmino

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Imagem: Hércules e a Corça.

sábado, maio 22, 2010

O cavalo alado Pégaso


O famoso cavalo nasceu, segundo a mitologia grega, do sangue da Medusa, após esta ser decapitada por Perseu. Pégaso é apresentado como oriundo do pescoço da Górgona, junto com o gigante Crisaor, ambos gerados na união com Poseidon, mas também aparece como gerado pela Terra fecundada com o sangue da Medusa.

Medusa teria sido uma bela mulher, mas ousou se comparar em beleza com a deusa Atena, que, irritada com a pretensão, transformou os cabelos da jovem em serpentes e deu aos seus olhos o poder de transformar quem a visse em pedra. Uma variante do mito diz que Poseidon teria violado Medusa dentro de um templo de Atena, por isso a deusa a teria punido.

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Solange Firmino

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Imagem: Belerofonte e Pégaso.

sábado, maio 15, 2010

Nêmesis, a Justiça Divina


Na tradição Órfica, o Universo e os deuses primordiais nasceram do Ovo Cósmico de Nix, que surgiu de um desdobramento do Caos. Érebo era a escuridão profunda do momento da criação, e mais tarde passou a se localizar na região subterrânea do Hades. A escuridão acima de Gaia era representada por Nix, que se uniu a Érebo e criou Éter, a luz atmosférica, e Hemera, a luz do dia; depois se desdobrou e gerou sozinha divindades como as Hespérides, as Moiras, Éris, Lete e Nêmesis.

Quase todos os descendentes de Nix foram abstrações personificadas, como Nêmesis, que simboliza a indignação pela injustiça praticada e a punição divina diante do comportamento desmedido dos mortais. Sua função essencial é restabelecer o equilíbrio, quando a justiça deixa de ser praticada. No significado da palava nêmesis em grego está o verbo distribuir, daí ser Nêmesis a “justiça distributiva”.

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Solange Firmino

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Imagem: Nêmesis de Alfred Rethel, 1837.

sábado, maio 01, 2010

O Cisne


Não só os gregos, mas vários povos possuem mitos que celebram o Cisne. Sua brancura e graciosidade simbolizam a epifania da luz. Como a luz se apresenta de duas maneiras, a solar e masculina do dia, e a lunar e feminina da noite, assim existem duas colorações para o cisne, a branca e a negra. A síntese das duas faz do cisne andrógino, tornando-o mais ainda um mistério sagrado.

Um conto popular com algumas variantes diz que, certa vez, um caçador avistou três lindas jovens que se banhavam num lago. Eram três cisnes sem seu manto de plumas. O caçador escondeu uma das “vestes”, o que lhe permitiu casar com uma das jovens. O cisne fêmea teve onze filhos e seis filhas, depois retomou sua plumagem e voou, dizendo ao caçador que pertencia ao céu. Disse ainda que, a cada ano, na primavera, quando os cisnes voassem em direção ao norte e, no outono, regressando ao sul, deviam comemorar essa passagem com cerimônias especiais.

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Solange Firmino

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Imagem: Leda e o Cisne, Paul Tillier.

quinta-feira, abril 22, 2010

Gaia, a mãe primordial


Hoje é dia da Terra. Convido vocês a reler um texto que escrevi em 2006.

"São parte de Gaia os oceanos, a atmosfera, a biosfera e todos os elementos que compõem o planeta e fazem dele um grande sistema vivo. Segundo Lovelock, a Mãe Terra regula sua própria estrutura, busca seu próprio equilíbrio, não só cria a atmosfera, como mantém todos os elementos favoráveis à sobrevivência dos filhos, por isso mesmo, com todas as ações que temos feito ao ambiente, ela também pode ficar doente. Se uma parte é afetada, tudo sofre. E nós, com nossas ações, somos responsáveis pelo equilíbrio que afeta o Sistema Gaia."

Leia o texto completo em Blocos online:
"Gaia, a mãe primordial"

sábado, abril 17, 2010

Movimentos

Poema que ganhou menção honrosa no 27º concurso da Associação Cultural e Literária Nikkei Bungaku do Brasil. Clique na imagem para vê-la ampliada:



quarta-feira, abril 07, 2010

Atena e Erictônio

Além da Troia descrita pelo poeta Homero, Atena era cultuada em toda a Grécia e protegia cidades como Argos, Esparta e Larissa. A deusa disputou com Poseidon a proteção à cidade de Atenas; o deus deu um cavalo, mas ela venceu ao dar a oliveira que produzia óleo e alimentos. A cidade levou seu nome e abrigou seu santuário mais famoso, o Partenon, templo erguido no Período Clássico com relevos e esculturas, especialmente uma estátua da deusa em ouro e marfim. A estátua sumiu, mas o templo ainda resiste nas ruínas.

Atena era virgem, palavra que em grego se diz ‘parthénos', daí o nome Partenon, casa da deusa virgem, usado para designar o templo. E assim era Atena, virgem e independente em relação aos namoros e casamentos. Ela não teve filhos, mas chamava a Erictônio seu filho, embora a concepção não tenha sido “natural”. Quando Atena visitou a forja de Hefestos, o deus ferreiro, com o intuito de encomendar armas, ele começou a cortejá-la. Hefestos andava infeliz, pois Afrodite, a bela esposa do deus, o traiu com Ares, deus da guerra.

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Solange Firmino

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Imagem:Atena, Erictônio e Gaia.

domingo, março 21, 2010

Dia Mundial da Poesia


O dia 21 de março, comemorado em mais de cem países, é a data promulgada pela UNESCO para ser celebrada como Dia Mundial da Poesia.
Relembrando alguns poemas meus:

Meu poema preferido, com o qual ganhei primeiro lugar em 2005. Ele já foi modificado até hoje, mas esta é a versão original: Fluxo.

Alguns dos meus poemas preferidos publicados em Germina Literatura.

Primeiro lugar em Gravatal 2007 - especial pra Leminski: Testamento.

Texto escrito em homenagem à minha primeira paixão, Manuel bandeira: O poeta que aprendeu a morrer.

Alguns poemas meus sob os olhos de Carlos Machado no Poesia.Net.

Meu blog em homenagem ao maior poeta vivo do Brasil: Manoel de Barros.

Viva a Poesia!

Imagem: Erato, Musa da Poesia Lírica.

sábado, março 20, 2010

Plêiades, as sete filhas de Atlas


Atlas era filho do titã Jápeto com Ásia. Ele se uniu à oceânide Plêione e teve com ela sete filhas conhecidas como Plêiades: Maia, Electra, Taígeta, Alcíone, Celene, Astérope e Mérope. As irmãs também eram conhecidas como Atlântidas e fizeram parte do cortejo da deusa Ártemis. Todas as Plêiades, com exceção de Mérope, uniram-se a deuses e geraram descendentes.

Com Zeus, Maia gerou Hermes; Taígeta gerou Lacedêmon e Electra gerou Dárdano, o fundador da casa real de Tróia. Com Poseidon, Alcíone gerou Irieu, ancestral da casa real de Tebas, e Celene gerou Lico e Eurípilo. Com Ares, Estérope teve Enômao, pai de Hipodamia. Mérope gerou Glauco com Sísifo, o mortal que enganou a Morte duas vezes e foi condenado no Hades a empurrar eternamente, ladeira acima, uma pedra que rolava de novo ao atingir o topo da colina.

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Solange Firmino

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Imagem: Plêiades, de Elihu Vedder, 1885.


domingo, março 07, 2010

Tânatos e Sísifo


O deus Hades reinava sobre os mortos no mundo inferior, mas era Tânatos a personificação da morte. Tânatos era filho de Nix, a noite acima da Terra. A escuridão profunda do momento da criação era o Érebo. Quando a Terra estava coberta pela obscuridade que a cobria, Nix e Érebo se uniram e houve a Luz que “clareou” o Universo. Nix gerou Tânatos, Moiras, Nêmesis, Hipno e outros. Algumas vezes Tânatos aparece como irmão gêmeo de Hipno, considerado deus do sono.

Na iconografia antiga, muitas vezes Tânatos era representado com forma alada. Diziam que tinha o coração de ferro e entranhas de bronze. Para os romanos, a morte era uma deusa chamada Mors. Tânatos tem em sua significação grega os verbos dissipar e extinguir. Nesse caso, acreditava-se que morrer significava ocultar-se, pois o morto tornava-se “eídolon”, um corpo insubstancial.

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Solange Firmino

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Imagem: Hipnos e Tânatos, de W. Waterhouse.

sábado, março 06, 2010

Pedra do Ingá e Pedra de Santo Antônio

Quem vai a João Pessoa deveria ir rapidinho em Campina Grande, fica a pouco mais de uma hora! Além do clima maravilhoso, tem lugares belíssimos pra visitar. Eis minhas sugestões, entre João Pessoa e Campina Grande: Pedra do Ingá e Pedra de Santo de Antônio.

A Pedra do Ingá fica na serra da Borborema, interior da Paraíba. Trata-se de um conjunto rupestre com caracteres ainda não decifrados. Alguns estudiosos acham até que são de origem extraterrestre. A pedra fica no leito do rio Ingá e é um sítio de fácil acesso, mas está largado à própria sorte, apenas uma corda em volta, sem qualquer cuidado ou vigilância.

A Pedra de Santo Antônio fica no município de Fagundes, na Serra do Bodopitá, interior da Paraíba.

O lugar atrai, além dos aventureiros, milhares de fiéis ao santo casamenteiro. Segundo a tradição local, quem passar debaixo da pedra terá casamento na certa. Na dúvida, eu não passei, mas fiz pose, claro!


Meu filho passou por baixo da pedra, mas acho que aos 6 anos não conta, não é?


Vista do açude em Fagundes a partir da Pedra de Santo Antônio:


No caminho, paisagens belíssimas da região serrana.

Em Campina Grande, entardecer maravilhoso no Açude Velho:



sábado, fevereiro 27, 2010

Hércules e a Hidra de Lerna


Héracles, mais conhecido pelo nome romano Hércules, foi um herói que matou muitos monstros. Era filho da mortal Alcmena com Zeus. Hera, a esposa ciumenta do deus, provocou uma loucura temporária em Hércules, que matou a esposa e os filhos. Quando lúcido, o herói foi aconselhado pelo Oráculo de Delfos a servir o primo Euristeu. O rei, simpatizante de Hera, impôs perigosos trabalhos, os quais Hera fez questão de tentar atrapalhar.

A primeira tarefa de Hércules foi matar um feroz leão que devastava a região de Neméia, atacando rebanhos e seres humanos. O Leão de Neméia era filho de Équidna, monstro com corpo de mulher e cauda de serpente que vivia nas profundezas. O herói esfolou o leão e retirou sua pele invulnerável, que passou a ser sua marca registrada nos ombros. Com a cabeça do monstro fez uma espécie de capacete.

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Solange Firmino

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Imagem: Hércules e Hidra, cópia romana de original grego atribuído a Lisipo.


sábado, fevereiro 06, 2010

As Graças


As Musas eram nove divindades, filhas de Zeus e Mnemósine (a Memória), e foram geradas para que herdassem a memória da mãe e perpetuassem as façanhas dos deuses. No mundo antigo, acreditavam que os poetas recebiam das Musas a inspiração para narrar essas façanhas. Aos poucos as Musas se tornaram inspiradoras e protetoras de toda forma de arte. Acreditavam ainda que a inspiração poética e a essência da Arte eram transmitidas aos mortais não só pelas Musas, mas também pelas Graças.

Os textos diferem quanto à origem das Graças, nome latino que designava as Cárites gregas. A lenda mais aceita de seu nascimento diz que eram filhas de Zeus e Eurínome. O nome e o número dessas divindades também variou muito segundo a época e a região. O grupo mais famoso foi o trio Aglaia, Talia e Eufrosina. Aglaia representava a claridade; Talia (nome também de uma das Musas) a que trazia flores; e Eufrosina, a alegria.

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Solange Firmino

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Imagem: As Graças em detalhe do quadro A Primavera, de Botticelli

domingo, janeiro 31, 2010

Nenhum a menos


Em uma escola rural chinesa, uma menina de treze anos substitui o professor licenciado. A situação da escola é precária por falta de investimento e a relação entre aluno e professor na “escola-casa” acontece em tempo integral, pois eles dormem na escola. Wei, a menina, tem que evitar a evasão escolar, um grave problema no país. Quando um aluno deixa a escola, a menina-professora faz de tudo para trazê-lo de volta.

Wei é despreparada e não tem controle sobre a aula e o comportamento dos alunos. Seu interesse é cumprir o serviço e garantir o pagamento, por isso as aulas são horríveis. A relação entre eles sofre transformações quando se interessam em resolver o problema da ausência do aluno. Querendo conseguir dinheiro para a viagem de Wei à cidade, o grupo faz cálculos das horas trabalhadas em uma olaria. As aulas se tornam significativas. Assim conta o filme “Nenhum a menos”, do chinês Zhang Yimou.

Não precisamos analisar o cinema oriental. Não precisamos usar apenas um giz por dia, como acontece na escola do filme, e ninguém passa a noite na escola, embora muitos responsáveis demorem a buscar algumas crianças menores. Mas podemos refletir sobre algumas questões que o filme aborda, como o papel do educador nas instituições de ensino e a influência que a questão social tem na Educação.

Sabemos que o conhecimento só adquire significado se vinculado à realidade. Estudamos as teorias da educação construídas ao longo de décadas e concluímos que os conteúdos assumem diferentes orientações dependendo da época. A organização do trabalho escolar ainda mantém um processo de ensino centrado na transmissão-assimilação, o que leva o professor à preocupação em apenas passar o “conteúdo” e o aluno ao cumprimento de tarefas. O conhecimento transmitido é totalmente desvinculado dos problemas impostos pela prática social.

No filme, os alunos só mudam de comportamento quando são desafiados a resolver uma ação prática, um problema real. Esse é um dos elementos de uma educação transformadora e muito sonhada. Por isso há anos existem também as teorias que dão ênfase à (re)descoberta do conhecimento a partir da atividade do aluno.

A educação transformadora cria vínculos entre aluno e professor. É humanizadora, mas não tem receita pronta. Só cuidava bem daquela escola quem via nela sua própria casa, como é o exemplo da aluna que ficou triste com os gizes desperdiçados durante uma discussão. A professora se adaptou e deu valor à escola depois que passou a conviver. Que tipo de vínculo temos com a escola e o alunos? Os alunos gostam da escola como sua própria casa? Será que moveríamos céus e terras para trazê-los de volta?

O que mais importa nessa reflexão é perceber a importância do diálogo professor-aluno para o sucesso no processo ensino-aprendizagem e colocá-lo em prática. Como são as nossas relações na dinâmica da sala de aula? Os responsáveis pelos alunos não valorizam a escola os alunos e responsáveis do filme, mas o que temos feito para que isso mude? Quantos a menos nós temos durante um ano letivo?

Sonhamos com a educação de “nenhum a menos” porque ela aborda a Cidadania e a Ética, temas transversais que devem ser incorporados em todo o trabalho educativo e nos encaminham à construção de uma sociedade mais fraterna justa e democrática. Mas o que temos feito para ela? O que você, educador, fará em 2010?

Solange Firmino


quarta-feira, janeiro 20, 2010

Midas, rei da Frígia


Anos atrás, arqueólogos da Universidade da Pensilvânia encontraram na Turquia o túmulo de um rei com muitos objetos, pratos e restos de alimentos que pareciam fazer parte de um banquete fúnebre. O túmulo foi atribuído ao rei Midas, o mais conhecido governante que teria vivido da Frígia, como era denominada a região da Turquia na Antiguidade. Tempos depois, arqueólogos da Universidade de Cornell realizaram testes e dataram esses objetos.

O lendário rei Midas consta em vários mitos, alguns deles envolvendo os deuses do Olimpo. Um deles conta que Sileno, que fazia parte do cortejo de Dioniso, deus do vinho, exagerou na bebida e se perdeu dos companheiros. O sátiro adormeceu em um jardim e foi encontrado por camponeses que o levaram ao rei Midas. Depois de saber que ele era amigo de Dioniso, Midas o acolheu e tratou muito bem.


(...)

Solange Firmino

Leia o texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.

Imagem: Midas e Dioniso, de Nicolas Poussin.

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Vianópolis - Goiânia


''Quando o rio está começando um peixe, Ele me coisa, Ele me rã, Ele me árvore.''
(Manoel de Barros)




"O homem que possui um pente e uma árvore serve para poesia."
(Manoel de Barros)


"Eu vi uma manhã desaberta na beira de um rio igual que uma garça estivesse desaberta na beira do rio."
(Manoel de Barros)

" É da vocação da vida a beleza
e a nós cabe não diminuí-la..."
(Elisa Lucinda)


Imagens: Fotografias tiradas por mim em Vianópolis, Goiânia.

sexta-feira, janeiro 01, 2010

Salve 2010!


É o início de mais um ano! Apesar de todos os desastres relativos às chuvas, atentados e outras tragédias naturais ou provocadas pelo Homem nessa transição de 2009/2010, aqueles que ainda resistem têm as Esperanças renovadas.
Um brinde à vida!



Imagem: Nasa