sexta-feira, junho 30, 2017

Aventureira

*Imagem cedida gentilmente pela amiga Linda Prestifilippo.
Aventureira

Há muito não é donzela,
a fêmea versátil,
tresloucada e atrevida,
com pose de menina,
vestido de bacante,
quase miss universo,
a musa do poeta.
Ela, tão devota a ele.

Solange Firmino



quarta-feira, junho 28, 2017

Ampulheta


Ampulheta

O relógio me desorienta,
enquanto demoro a digerir a vida.
Travo uma batalha diária
entre a sorte e a fé.
Mas estou para o que der
e vier.

Solange Firmino

(No livro "Das estações")

segunda-feira, junho 26, 2017

Poesia Agora - Exposição Rio de Janeiro na Caixa Cultural - 2017


Fui visitar mais uma vez meu poema na Exposição Poesia Agora, já que ele está apenas a duas estações de metrô da minha casa.
Quando estava em São Paulo eu fui, agora eu tenho a obrigação de ir mais de uma vez!

*Meu poema, desafio poético sem a letra A. (Irreconhecível)




Minha prima escrevendo.





 

terça-feira, junho 20, 2017

Inverno


Em homenagem ao inverno, que começa na madrugada desta quarta-feira, um poema que está no meu segundo livro, "Das estações":


Véspera

Por ora,

é preciso estar atento ao tempo, 
que tudo devora,
como a solidão que corrói o indivíduo.


Na escuridão, a luz frágil flui:
sol dourado que sobrevém ao sono.

Quando eu acordar,
no alvoroço do café,
já será outra estação.



(No livro "Das estações")

domingo, junho 18, 2017

Crisálida



Crisálida

Larva-palavra
presa no cárcere do eu.
O ritmo pulsa
do abismo interno,
casulo prestes a acordar,
e desata em
poema-borboleta.

Solange Firmino


(No livro "Geometria do Abismo")

domingo, junho 11, 2017

Poesia Agora no Rio de Janeiro

Quem está fazendo poesia, agora, no Brasil? 
Esse questionamento foi o ponto de partida da exposição “Poesia agora”, que abriu ontem com um sarau na Caixa Cultural do Rio de Janeiro, depois de passagens bem-sucedidas pelo Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, em 2015, (onde estive) e, mais recentemente, pela Caixa Cultural em Salvador (que pedi a minha amiga para fotografar meu poema) . 

Para o curador e poeta Lucas Viriato, um dos criadores do jornal de poesia “Plástico Bolha”, o grande diferencial da mostra é sua proposta de fazer um panorama da produção poética brasileira atual. 
A “Poesia agora” traz trabalhos de mais de 500 nomes.

Eis algumas de minhas fotos.
Na entrada





No banheiro
Meu poema. Desafio poético sem a letra A.


quarta-feira, junho 07, 2017

Eu, em sépia.


















Sobriedade


Hoje estou antiga, 
mas vou sobrevivendo para assistir
e aplaudir os pores do sol
do outono. 
Divido os grãos com sabedoria,
não quero desperdício.
A musa se esconde,
por isso estou no comando.
Busco versos antigos
e pronuncio rimas esquecidas.
Sustento-me com as palavras herdadas,
não quero passar em 
branca nuvem.
Enquanto restar vida, sonho.
É como aprendo a ser lúcida
e eterna.



*No meu terceiro livro, "Das estações".