terça-feira, dezembro 19, 2006

O deus-Sol

A deusa Selene percorria o céu em seu carro de prata para iluminar a noite. De manhã era seu irmão, o deus Hélio, que percorria o céu com sua carruagem de fogo, trazendo luz para a Terra. Hélio cumpria essa função bem antes de Apolo ser considerado deus do Sol. Saindo do leste, ao fim do dia Hélio chegava ao oeste e descansava em seu palácio de ouro.

A passagem do Sol pelo céu é um tema que muitas civilizações representaram e cultuaram. Entre os egípcios, Hórus era o deus-Sol, o deus mais importante, adorado como pai do faraó que reinava. Se o faraó reinava na terra, o deus-Sol governava no céu. O faraó Akhenaton criou o culto monoteísta ao Sol, chamado Aton, e o declarou como símbolo do deus único. Os sacerdotes amaldiçoaram Akhenaton e o Egito voltou a ser politeísta após sua morte.

Os povos da Antigüidade conheciam os fenômenos astronômicos, principalmente os que se referiam ao Sol e à Lua, nos deixando os calendários solar e lunar. Umas das peças mais famosas do mundo é a Pedra do Sol asteca, uma espécie de calendário esculpido em um grande bloco de basalto com símbolos que se referem ao Sol.

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Solange Firmino

O texto integral pode ser lido na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.

Figura: Hélio em sua carruagem.



segunda-feira, dezembro 04, 2006

O deus Pã

Pã não era um deus bonito, seu corpo era uma mistura de bode com homem, além dos chifres. Uma das lendas de seu nascimento dizia que sua mãe Dríope teria ficado assustada ao vê-lo e o abandonou. Outra lenda diz que ele era filho de Hermes, que o levou para o Olimpo, onde era muito querido por ser alegre e festivo.

Sua aparência era motivo de susto entre os que passavam pelas florestas, gerando pânico (nome derivado de Pã) quando aparecia repentinamente para as pessoas. Na luta dos deuses contra o monstro Tifão, Pã foi de grande ajuda, assustando-o com os gritos que causavam pânico.

Pã também era protetor dos campos, pastores e rebanhos. Ele se divertia cantando e dançando com as ninfas, principalmente no cortejo do deus Dioniso. Pã foi considerado como personificação da natureza e representante do paganismo.

Pã teve uma aventura com a ninfa Sirinx, seguidora da virgem Ártemis. A ninfa fugiu de Pã e pediu ao deus das águas do rio que a transformasse em algo que impedisse a violação. Quando a alcançou, Pã abraçou um feixe de juncos. Suspirando, percebeu o som que a haste da planta emitia. Uniu sete tubos e criou o instrumento que seria reconhecido como “flauta de Pã”.

Sobre esse episódio, um trecho do poeta Keats: “E nos contou como, em um dia Sirinx/ De Pã fugiu, temendo, apavorada./ Desventurada ninfa! Pobre Pã!/ Como chorou, ao ver que conquistara/ Da brisa apenas um suspiro doce!

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Solange Firmino

Leia o texto integral na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.

Imagem: Afrodite, Pã e Eros.