quinta-feira, novembro 20, 2014

2º lugar no 15º Concurso Literário do Servidor do Rio de Janeiro

Saiu a lista dos vencedores do 15º Concurso Literário do Servidor do Estado do Rio de Janeiro no gênero poesia após avaliação da comissão julgadora para a categoria, realizada dia 12 de novembro, na sede da Fundação Ceperj.
O primeiro colocado é morador da capital fluminense. E a segunda colocada sou eu! Durante o processo, dez menções honrosas foram escolhidas por tema literário. Na última edição do concurso eu ganhei menção honrosa...

Leia a notícia aqui.

terça-feira, novembro 18, 2014

I Concurso Internacional de Poesia Casa de Espanha



O I Concurso Internacional de Poesia Casa de Espanha divulgou ontem a lista dos finalistas. A final será dia 14/12/2014 às 18h30 no auditório da Casa de Espanha. Na categoria RJ, meu poema entre os 16 finalistas. Após a cerimônia em 14/12, fiquei em terceiro lugar.


Odisseia

Vivo em circunviagem.
Qual Ulisses sem Ítaca, tenho saudade
de quem me espera.
Enquanto Penélope tece,
faço meu caminho em mares profundos.
Um porto de vez em quando me faz companhia.
A cada gesto de partida,
mais perto fico da chegada.
Nas tormentas, procuro o desconhecido
no espaço cíclico.
Viajo sem regresso previsto.
Peregrino sem âncora ou bússola.

Nas travessias cruéis, entre Cila e Caribde,
enfrento naufrágios, armadilhas e expectativas.
Encantam-me Circes, olhares e palavras.

Retorno pela memória.
Navego pelo visto, ouvido e amado.
Só assim me livro do exílio.
Encontro-me esperando por mim
no meio de tantos sonhos tecidos
enquanto eu crescia.

Solange Firmino

terça-feira, novembro 11, 2014

Pão e Poesia seleciona 30 trabalhos


Poemas com cheiro de pão serão distribuídos em pacotes para os catarinenses.
Veja aqui a listagem com os poetas selecionados. Três poemas meus estarão nas embalagens:


Esfinge
Decifra meu enigma
e toda a essência
por trás do verso.

Segue pela trilha do poema
e revela a metáfora escondida.
Repousa sem tédio
no meu ritmo.

Descobre o segredo que habita
onde me esquivo,
onde a pergunta é só disfarce,
reverso.
Se me escondo,
é para devorar melhor.



Geometria de Ícaro

O céu côncavo
abarca o voo.

O sol oblíquo
derrete a cera
e o sonho.

O mar convexo
recebe a queda.



Mapa-múndi

Mapa mudo.
Mundo de fronteiras cravadas
no caminho inatingível do outro.

Arquipélago de seres
em legendas coloridas.
População em excesso.

Meu céu não tem
traçado geográfico,
meridiano ou hemisfério.
É abismo sem escala prevista em régua.

O mundo,
fora do ombro de Atlas,
é uma invenção cartográfica.

Solange Firmino