sábado, outubro 25, 2008

Monte Olimpo, morada dos deuses


As divindades gregas foram organizadas em famílias divinas, que apresentavam igualmente os defeitos e virtudes das famílias humanas. As genealogias das famílias divinas também explicam a criação do Universo, na cosmogonia, e a origens dos deuses, na teogonia.

Os deuses primordiais, ou deuses da primeira geração, eram entidades que geraram o mundo. Nessa primeira fase do Cosmo, Urano e Gaia deram origem a uma numerosa descendência: Titãs, Titânidas, Ciclopes, Hecatonquiros e outros representados como primitivas forças da natureza, como os relâmpagos, e representavam também os impulsos básicos da vida, como a morte.

Na segunda geração divina, Urano foi destronado e os Titãs tomaram o governo do mundo sob o comando de Crono, o Tempo. Essa geração era descendente das forças primordiais e ainda transmitia uma visão indomada da natureza. Ao lado de divindades monstruosas e incontroláveis surgiram os primeiros deuses de aparência parecida com a humana.

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Solange Firmino


Texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.

Imagem: Monte Olimpo, Tessália. Janice Siegel.

domingo, outubro 05, 2008

Prometeu e Pandora

Urano e Gaia tiveram vários filhos, entre eles, Jápeto, que foi pai de Prometeu. O titã morava no Olimpo com os deuses e vivia aprontando. A mais brincadeira mais séria foi criar o ser humano do sexo masculino e colocar nele a alma, uma centelha do fogo divino. Prometeu cedeu também o fogo material e, com ele, benefícios como forjar armas, ferramentas e cozinhar alimentos. Até então, o fogo era exclusivo das divindades e os homens puderam usá-lo oferecendo sacrifícios em troca. Na primeira oferenda, Prometeu escondeu a carne de um animal sacrificado, deixando para o primo Zeus os ossos e a gordura. Ao descobrir o engano, o Senhor do Olimpo privou os homens do fogo.


Prometeu então roubou uma brasa da forja de Hefestos, o deus ferreiro, e entregou novamente o fogo aos homens. Zeus resolveu se vingar. Para os homens enviou a primeira mulher, Pandora, fabricada por Hefestos. Ela era perfeita como as deusas, e todas as divindades lhe concederam dons especiais, como a beleza de Afrodite. Pandora seduziu Epimeteu, o irmão menos esperto de Prometeu que, ao contrário do que aconselhou o irmão, casou com ela.

Pandora trouxe uma caixinha de presente para o marido. Movida pela curiosidade, abriu-a, e dela saíram os males que têm perturbado os homens, como as doenças e a necessidade de trabalhar para sobreviver. Quando a fechou, deixou presa a Esperança. O ato de Pandora provocou a perda do paraíso, assim como o ato da Eva cristã ao comer o fruto proibido. Em ambos os casos, a mulher se identifica com o mal, mas Pandora não estava proibida de abrir a caixa, tudo o que aconteceu foi um plano de Zeus para derrotar os homens. Todos os seus atributos, como a curiosidade, foram intencionalmente outorgados pelos deuses. Outra diferença entre as duas é que Eva comeu o fruto sabendo que era proibido e, enquanto Pandora pretendia trazer o mal aos humanos, Eva foi feita para ser companheira do homem.

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Solange Firmino


Texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.


Imagens: Pandora (de Lefebvre) e Prometeu (de Jean-Louis-Cesar)