segunda-feira, julho 21, 2008

Trégua para os Jogos


Historicamente localizamos os primeiros Jogos Olímpicos no ano de 776 a.C., alguns estudiosos dizem que eles já eram realizados no século IX a.C.. Uma das teorias míticas sobre o surgimento dos Jogos considera sua origem nas competições fúnebres em honra a Pélops, outra conta que o jovem Zeus foi hospedado por Crono e resolveu disputar o trono. Zeus derrotou o deus do tempo e instituiu os Jogos para comemorar.

Na Ilíada de Homero há menções a jogos fúnebres organizados durante a Guerra de Tróia pelo herói Aquiles em memória ao amigo Pátroclo, morto por Heitor. Na Eneida há relato de jogos em honra Anquises, pai do herói romano Enéias. Nos jogos fúnebres aconteciam disputas, costume que provavelmente evoluiu até resultar nos Jogos Olímpicos.

Além das competições em Olímpia, havia outras realizadas em cidades diferentes, e homenageando outros deuses Os Jogos Ístmicos honravam Poseidon no santuário de Corinto. Os Jogos Nemeus eram realizados em honra de Zeus em Neméia. Os Jogos Píticos celebravam Apolo no santuário de Delfos e aconteciam a cada quatro anos, nos intervalos das Olimpíadas. Além das competições esportivas, esses jogos se diferenciavam pelas competições artísticas. A lenda diz que foram instituídos pelo próprio Apolo para comemorar a vitória sobre a serpente Píton, antes de assumir o controle do Oráculo .

Solange Firmino


Texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.

Álbum pessoal com 33 fotos do Santuário de Zeus em Olímpia.

Imagem: Corredor em Olímpia, por onde os atletas entravam no estádio. Por Solange Firmino.

sábado, julho 05, 2008

O belo Adônis


Adônis aparece desde a Antigüidade relacionado a mitos vegetais e agrícolas e como modelo de beleza masculina. Em uma das lendas sobre sua origem, era filho da relação incestuosa entre Mirra e o pai Cíniras, rei de Chipre. Outra lenda diz que era filho de Smirna (Mirra) e Téias, rei da Assíria. Em todas elas, a rainha teria ofendido Afrodite, a bela deusa do amor, ao dizer que a filha era mais bonita do que a deusa.

De acordo com o castigo ditado pela deusa, Mirra desejou o pai e, com a ajuda de uma criada, uniu-se a ele por doze noites seguidas. Na última noite o rei percebeu o acontecido e perseguiu a filha. A jovem buscou refúgio na floresta e Afrodite, compadecida com seu sofrimento, metamorfoseou-a na árvore de mirra. Meses depois a casca da mirra inchou e se abriu, nascendo Adônis, ou o próprio rei abriu a casca da árvore para retirar o filho e neto. Outra lenda diz que um javali despedaçou a árvore com os dentes para fazer nascer a criança.

Encantada com a beleza de Adônis, Afrodite o entregou a Perséfone, esposa de Hades, para que o criasse. Igualmente encantada, Perséfone se recusou a devolvê-lo. A disputa entre as duas deusas foi arbitrada por Zeus: Adônis passaria um terço do ano com Perséfone, outro com Afrodite, e o restante dos meses poderia passar onde quisesse. E Adônis passava esse tempo sempre com Afrodite.

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Solange Firmino

Texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.


Imagem: Vênus e Adônis, Sidney Meteyard.