quinta-feira, outubro 19, 2006

Oráculos: fatalidade e livre-arbítrio


Previsões meteorológicas dizem sem muita precisão se vai chover no feriadão. Analistas prevêem quedas no mercado financeiro. Profissionais de várias áreas se especializam em técnicas que pretendem prever o futuro, ou algumas situações possíveis. Após séculos tentando prever o que nos aguarda, ainda não sabemos o que acontecerá amanhã. 

O ser humano sempre se preocupou em saber as possibilidades do seu destino, para se preparar para ele ou tentar combater as alternativas indesejáveis. Nas civilizações antigas, as adivinhações eram ligadas às previsões do tempo, da astrologia ou da astronomia, por exemplo. O futuro era lido em números, animais e consultas aos espíritos. Alquimistas, magos, bruxos e outros visionários interpretavam fenômenos naturais e sobrenaturais. Muitos locais onde se faziam previsões eram chamados de oráculos. As pessoas que faziam previsões também eram conhecidas como oráculos. Eles ajudavam os homens a compreender os desígnios dos deuses e eram consultados antes de decisões importantes.

Havia também os oráculos transmitidos através dos sonhos, nos rituais de cura chamados “mântica por incubação”. Asclépio, mestre em medicina e filho de Apolo, tinha seu santuário mais famoso em Epidauro. Lá, os doentes passavam a noite e esperavam que o deus indicasse a cura para as doenças através das profecias recebidas durante o sonho.

Além de Epidauro, o oráculo mais famoso ficava na região montanhosa de Delfos, local religioso mais importante do mundo grego, considerado o centro do mundo e representado pelo “omphalós” , a pedra em forma de umbigo. Uma lenda diz que Zeus mediu o centro do mundo soltando duas águias de lugares opostos da Terra; ambas se cruzaram próximo ao Monte Parnaso, onde foi colocada a pedra. Outra lenda diz que cabras pastavam pelo monte quando se aproximaram do local de onde saíam vapores que as deixaram em convulsões.

(...)

Solange Firmino

Leia o texto integral na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.

*Imagem: Fotografia tirada por mim em Delfos, nas montanhas chamadas Fedríades, de onde saíam os supostos vapores que deixavam as pitonisas em transe.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sol, como sempre, adoro teus textos sobre mitologia. Excelente!

Beijo grande, minha querida amiga.

Rose :-)