sexta-feira, janeiro 08, 2021

Relevo do avesso

 


Eu fico à margem,

na corda bamba,
enquanto o abismo recluso
estremece,
explode feito vulcão
e delineia a polêmica paisagem
sem curva da noite insone.

Quanto mais me assemelho
ao desassossego,
mais me desequilibro,
a ponto de cair no abismo.

Solange Firmino


Foto: México - Pirâmide de Tepanapa –  A Grande Pirâmide de Cholula mede 405 metros de cada lado e cobre uma área de aproximadamente 186 mil metros quadrados. 
Tem 66 metros de altura, quase a mesma altura da Pirâmide do Sol, que fica em Teotihuacan, também no México.

3 comentários:

CÉU disse...

Olá, amiga Solange!

Espero que você e família se encontrem bem de saúde, visto que a Covid-19 não dá tréguas. Portugal está de novo com um grande surto, mas eu estou bem, felizmente.

Foi a primeira vez que visitei seu blog e gostei muito de a ver no México com seu sorriso lindo. Também sou Professora de alunos pré-universitários, portanto temos algo em comum.

Os poetas ficam sempre à margem naquele desassossego que os caracteriza e alguns chegam mesmo a cair no tal "precipício".

Beijos, minha linda, e bom final de semana.

Graça Pires disse...

Somos funâmbulos presos às nossas próprias vertigens... Um poema muito belo, minha querida Solange.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.

Duarte disse...

Se esse abismo conduz à satisfação, porque não deixar-se levar?
Do equilíbrio à satisfação, que bom!
Gostei
Abraços de vida