Eu fico à margem,
na corda bamba,
enquanto o abismo recluso
estremece,
explode feito vulcão
e delineia a polêmica paisagem
sem curva da noite insone.
Quanto mais me assemelho
ao desassossego,
mais me desequilibro,
a ponto de cair no abismo.
Solange Firmino
Foto: México - Pirâmide de Tepanapa – A Grande Pirâmide de Cholula mede 405 metros de cada lado e cobre uma área de aproximadamente 186 mil metros quadrados.
Tem 66 metros de altura, quase a mesma altura da Pirâmide do Sol, que fica em Teotihuacan, também no México.
3 comentários:
Olá, amiga Solange!
Espero que você e família se encontrem bem de saúde, visto que a Covid-19 não dá tréguas. Portugal está de novo com um grande surto, mas eu estou bem, felizmente.
Foi a primeira vez que visitei seu blog e gostei muito de a ver no México com seu sorriso lindo. Também sou Professora de alunos pré-universitários, portanto temos algo em comum.
Os poetas ficam sempre à margem naquele desassossego que os caracteriza e alguns chegam mesmo a cair no tal "precipício".
Beijos, minha linda, e bom final de semana.
Somos funâmbulos presos às nossas próprias vertigens... Um poema muito belo, minha querida Solange.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Se esse abismo conduz à satisfação, porque não deixar-se levar?
Do equilíbrio à satisfação, que bom!
Gostei
Abraços de vida
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