quinta-feira, dezembro 10, 2020

Cubista



Meus labirintos se bifurcam 

em mosaicos internos
passagens secretas que procuro
sem saber onde me perdi
como entrelinhas em um texto
cato cacos e me refaço 
em palavras-átomos diárias: 
colo e abandono
muro e ponte
rabisco e tatuagem
prece e ceticismo
anarquia e estoicismo

confusa
mas real

Solange Firmino

Um comentário:

Graça Pires disse...

Mais que reais são as palavras com que fazes o poema onde te perdes e te encontras. Magnífico poema e fotografia.
Uma boa semana.
Um beijo.