domingo, outubro 05, 2008

Prometeu e Pandora

Urano e Gaia tiveram vários filhos, entre eles, Jápeto, que foi pai de Prometeu. O titã morava no Olimpo com os deuses e vivia aprontando. A mais brincadeira mais séria foi criar o ser humano do sexo masculino e colocar nele a alma, uma centelha do fogo divino. Prometeu cedeu também o fogo material e, com ele, benefícios como forjar armas, ferramentas e cozinhar alimentos. Até então, o fogo era exclusivo das divindades e os homens puderam usá-lo oferecendo sacrifícios em troca. Na primeira oferenda, Prometeu escondeu a carne de um animal sacrificado, deixando para o primo Zeus os ossos e a gordura. Ao descobrir o engano, o Senhor do Olimpo privou os homens do fogo.


Prometeu então roubou uma brasa da forja de Hefestos, o deus ferreiro, e entregou novamente o fogo aos homens. Zeus resolveu se vingar. Para os homens enviou a primeira mulher, Pandora, fabricada por Hefestos. Ela era perfeita como as deusas, e todas as divindades lhe concederam dons especiais, como a beleza de Afrodite. Pandora seduziu Epimeteu, o irmão menos esperto de Prometeu que, ao contrário do que aconselhou o irmão, casou com ela.

Pandora trouxe uma caixinha de presente para o marido. Movida pela curiosidade, abriu-a, e dela saíram os males que têm perturbado os homens, como as doenças e a necessidade de trabalhar para sobreviver. Quando a fechou, deixou presa a Esperança. O ato de Pandora provocou a perda do paraíso, assim como o ato da Eva cristã ao comer o fruto proibido. Em ambos os casos, a mulher se identifica com o mal, mas Pandora não estava proibida de abrir a caixa, tudo o que aconteceu foi um plano de Zeus para derrotar os homens. Todos os seus atributos, como a curiosidade, foram intencionalmente outorgados pelos deuses. Outra diferença entre as duas é que Eva comeu o fruto sabendo que era proibido e, enquanto Pandora pretendia trazer o mal aos humanos, Eva foi feita para ser companheira do homem.

(...)

Solange Firmino


Texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.


Imagens: Pandora (de Lefebvre) e Prometeu (de Jean-Louis-Cesar)

2 comentários:

Thays Lima disse...

Oi Solange,
Parabéns pelo Blog!
Mas na verdade escrevo devido a um artigo seu que li chama-se"A importância do livro no Brasil do século XXI" vc comena sobre a destruição de livros e por coincidencia minha monografia é sobre este assunto (sou estudante de biblioteconomia) gostaria se possivel de trocar e-mail com vc e quem sabe trocar ideias sobres esse tema!vc iria me ajudar muito!!! abraços

Thays Gonçalves

Anônimo disse...

Oi Sol!
Tem muito tempo que não nos falamos,
quero muito saber como vc está.
Manda notícias.
Abçs!
Cal
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