sexta-feira, abril 07, 2006

Por ti América - CCBB mostra legado de nossos povos.


Cultura marajoara: urna funerária.

Muito nos encantam, atualmente, lugares inusitados das Américas, como Machu Picchu; pirâmides escondidas nas selvas; trilhas incas ou o enigmático calendário Maia que os pesquisadores até hoje estudam. Esses são alguns dos poucos elementos, que restaram para que entendamos o passado desse continente – batizado de América em homenagem ao navegador italiano Américo Vespúcio.


No território latino-americano, os destaques são as áreas localizadas na Bolívia e Peru, onde existiram culturas como a Inca, Moche, Nazca, Chimu e Chavín. Nas áreas do México, Honduras, Guatemala e Belize habitaram os Olmecas, Toltecas, Maias e Astecas. O navegador italiano Cristóvão Colombo chegou à América no final do século XV. Os povos e civilizações daqui receberam, posteriormente, o rótulo de pré-colombianas, outra homenagem duvidosa. Já sabemos que nem foi ele quem chegou primeiro... Mas, enfim...


Dependendo da concepção antropológica da época, variam os nomes: ameríndios, América Indígena pré-histórica e outras denominações. Tentativa de excluir a atitude europocêntrica com o continente, que desenvolveu grandes civilizações antes da invasão européia. Essas culturas se formaram ao longo de milhares de anos. Estudos mostram esses povos possuíam organização
social e política e realizaram grandes obras.


Valorizamos nos livros didáticos os Incas, Maias e Astecas. A história da América, porém, não começa com Colombo, nem somente com essas três civilizações.

Faço esses comentários provocada pela Exposição Por ti América, no CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil). A mostra reúne um pouco do legado de alguns desses povos. O acervo é de uma coleção particular e instituições públicas de países como Guatemala, Peru, Brasil e México, totalizando 350 objetos. A exposição, que ficou no CCBB até 29 de janeiro passado, está, agora, em Brasília (DF).

Está organizada em cinco temas: Cosmovisão; Sociedade e Assentamento; Sociedade e Religião, Política e Sociedade – elementos simbólicos fundamentais para compreender as visões de mundo das culturas ameríndias. Intencionalmente, a divisão é feita pelas temáticas que as aproximam, não pela origem regional – o que nos revela marcas comuns em culturas tão diferenciadas regionalmente.


O que falar de povos sem escrita? Que são primitivos? Escrita é só um código alfabético? A exposição também está organizada com esse objetivo: mostrar que se busca, hoje, decodificar a linguagem e compreender outras formas de escrita. Afinal, a linguagem codificada nas pinturas, códices e objetos não são um tipo de linguagem?

Antes de ver as famosas peças, há um espaço de introdução à arqueologia. Relata as especulações atuais sobre a migração dos povos no continente. Uma linha do tempo comparativa situa as civilizações da América indígena entre os principais acontecimentos da história universal, como a construção das pirâmides do Egito.


(...)


Leia o texto integral na E-Zine Entre Palavras.

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