Maravilha (Mirabilis jalapa) é uma planta ornamental que disponibiliza a variedade de cores como vermelha, amarela, branca, etc.
Uma flor sozinha pode ter manchas de cores diferentes. A cada dia aqui no meu jardim nascia uma, observadas entre outubro e novembro.
Outro ponto interessante que observei foi a mistura de cores, nunca repetindo um padrão.
Aqui estão os inícios dos textos da coluna "Mito em Contexto", escritos por mais de 6 anos para o site Blocos online. Também estão alguns poemas dos 7 livros escritos por mim. E também alguns ensaios, haicais e outros textos.
sábado, dezembro 23, 2017
sexta-feira, dezembro 22, 2017
VERÃO
Todos os dias venho nesse recanto pegar energia. Agora o vento leva embora a primavera.
No equilíbrio entre morte e vida, as sementes que plantei ainda dão flores.
Entre as variadas formas, a energia cósmica não se perde e retorna para novas vidas.
Aguardo que o período quente se vá...
Solange Firmino
quinta-feira, dezembro 07, 2017
quarta-feira, novembro 22, 2017
Canção da Mulher que Escreve - Lya Luft
Flores do meu jardim para minha amiga poeta Graça Pires, que faz aniversário hoje. |
Não perguntem pelo meu poema:
nada sei do coração do pássaro
que a música inflama.
Não queiram entender minhas palavras:
não me dissequem, não segurem entre vidros
essas canções, essas asas, essa névoa.
Não queiram me prender como um inseto
no alfinete da interpretação:
se não podem amar o meu poema, deixem
que seja apenas um poema.
(Nem eu ouso erguê-lo entre meus dedos
e perturbar a sua liberdade).
In: Secreta Mirada, 1997
São Paulo: Editora Mandarim
*Observação: Flores do meu jardim entre 14 e 21 de novembro de 2017.
segunda-feira, novembro 20, 2017
Completude

no agora,
com a plenitude do abstrato futuro."
Solange Firmino
Trecho do poema "Completude", no livro 'Das estações'.
*Fotografia tirada por mim no jardim da minha janela.
Os girassóis morrem, outros nascem, esse tem 4 dias que começou a aparecer pétala...
Link para o poema inteiro: https://www.instagram.com/p/BbuDV0WAOID/
*Fotografia tirada por mim no jardim da minha janela.
Os girassóis morrem, outros nascem, esse tem 4 dias que começou a aparecer pétala...
Link para o poema inteiro: https://www.instagram.com/p/BbuDV0WAOID/
sábado, novembro 11, 2017
Bem-me-quer
Bem-me-quer
Recolhe meu grito
e junta minhas palavras-pétalas
soltas ao vento.
Partida, não amo, calo.
Junta-me,
antes que eu emudeça.
Solange Firmino
{No livro "Das estações"}
*Imagem do meu girassol nos últimos dias,
juro por Deus que não foi intencional...
Junta-me,
antes que eu emudeça.
Solange Firmino
{No livro "Das estações"}
*Imagem do meu girassol nos últimos dias,
juro por Deus que não foi intencional...
terça-feira, outubro 31, 2017
Hades e o reino dos mortos
![]() |
As Danaides, De Waterhouse. |
Na divisão do reino de Crono,
cada irmão obteve um domínio: o mar para Poseidon, o céu para Zeus e o
mundo subterrâneo para Hades, a morada final dos mortos. O reino de
Hades aparece em lendas como o rapto de Perséfone, os doze trabalhos de
Hércules e os castigos eternos de transgressores das leis divinas, como
Sísifo e Íxion.
Hades
reinou com Perséfone, que foi raptada pelo deus. Após o desaparecimento
da filha, Deméter deixou a terra estéril quando parou de realizar suas
atividades como deusa da agricultura. Para não alterar a ordem do mundo,
Zeus negociou com Hades. Perséfone comeu uma romã e estava ligada ao
Hades, mas foi liberada para passar uma parte do ano com a mãe e outra
parte ao lado do marido. Esse mito ilustrava o ciclo das estações.
Perséfone
foi levada pelo deus, mas nenhum ser vivo podia entrar no Hades,
entretanto, alguns conseguiram, como Enéias, Orfeu e Hércules. Os heróis
tinham em seu “currículo” um rito iniciático de descida ao Hades, ou catábase, como uma morte simbólica – em que a subida, ou anábase,
possibilitava o autoconhecimento. Homero narrou na Odisseia a descida
de Ulisses, orientado pela feiticeira Circe a consultar Tirésias sobre o
caminho para Ítaca.
*O texto continua aqui:
Solange Firmino
segunda-feira, outubro 23, 2017
Sazonal
![]() |
Trilha da Pedra da Tartaruga, zona oeste do Rio de Janeiro, foto tirada por mim em março de 2017. |
Sazonal
Não falarei dos frágeis pêndulos
que se confundem com o ruído dos relógios,
nem da escuridão que vem do abismo.
Não sabia que era tão breve e voraz a vida.
Vou apenas falar que a linha
que separa a noite
do abismo é uma teia.
Traço planos para amanhã,
enquanto escrevo meu testamento.
Eu me batizo em nome dessa vastidão
que nunca se repete.
Mergulho lentamente da parte mais íngreme,
não tenho medo do luto.
Solange Firmino
Do meu livro "Geometria do abismo"
quarta-feira, outubro 04, 2017
A arte de envelhecer
Meu poema ficou entre os três melhores no II Concurso ALAP “Paranavaí Literária”.
Os poemas temáticos escolhidos pela Academia nesta segunda edição versaram sobre o idoso e a arte de envelhecer.
A entrega da premiação ocorrerá no dia 31 de outubro de 2017, durante evento comemorativo do Dia Nacional da Poesia (instituído pela Lei nº 13.131, de 3 de junho de 2015, em homenagem à data de nascimento de Carlos Drummond de Andrade).
Inexorável
Na véspera de minha morte, naufraguei nas abissais ondas do Letes.
Subornei oráculos para saber meu fim, mas os vates discretos resistiram,
assediaram-me com seu séquito de sacerdotisas sensuais.
Eles sabiam da minha fadiga e trouxeram asas, como as de Ícaro.
Foi assim que caí feliz no abismo.
Até gostei do espaço entre o chão e a queda…
Com o tempo, o espelho me envelheceu.
Nele me vi, e vi inteiros
os versos atirados nos lagos mansos dos olhos,
isentos de eternidade,
mas cheios de memórias e descaminhos.
Abri os lábios e saíram palavras indecifráveis
em busca de abraços e gestos sem punhaladas.
Como dizer-me que os espelhos também deformam?
Eles não refletiram quem eu sou,
Só vi o rosto antigo de criança-adulta, esculpido no reflexo.
Nunca foi a parte inteira e etérea do infinito materializado.
Eu e meu nome somos mais que álbuns, recortes, paisagens,
pedaços de percursos, calendários,
gestos e cores nas fotografias
e nos passos idos.
Faço uma reza.
Envelhecer é simples,
mas ainda tenho uma canção de ninar
nessa tarde de abril, de quentura insuportável.
Ignoro a morte que se esquiva
exilada nas sombras, extenuada das lonjuras da idade.
Ela tem uma sede envelhecida.
Solange Firmino
Os poemas temáticos escolhidos pela Academia nesta segunda edição versaram sobre o idoso e a arte de envelhecer.
A entrega da premiação ocorrerá no dia 31 de outubro de 2017, durante evento comemorativo do Dia Nacional da Poesia (instituído pela Lei nº 13.131, de 3 de junho de 2015, em homenagem à data de nascimento de Carlos Drummond de Andrade).
Inexorável
Na véspera de minha morte, naufraguei nas abissais ondas do Letes.
Subornei oráculos para saber meu fim, mas os vates discretos resistiram,
assediaram-me com seu séquito de sacerdotisas sensuais.
Eles sabiam da minha fadiga e trouxeram asas, como as de Ícaro.
Foi assim que caí feliz no abismo.
Até gostei do espaço entre o chão e a queda…
Com o tempo, o espelho me envelheceu.
Nele me vi, e vi inteiros
os versos atirados nos lagos mansos dos olhos,
isentos de eternidade,
mas cheios de memórias e descaminhos.
Abri os lábios e saíram palavras indecifráveis
em busca de abraços e gestos sem punhaladas.
Como dizer-me que os espelhos também deformam?
Eles não refletiram quem eu sou,
Só vi o rosto antigo de criança-adulta, esculpido no reflexo.
Nunca foi a parte inteira e etérea do infinito materializado.
Eu e meu nome somos mais que álbuns, recortes, paisagens,
pedaços de percursos, calendários,
gestos e cores nas fotografias
e nos passos idos.
Faço uma reza.
Envelhecer é simples,
mas ainda tenho uma canção de ninar
nessa tarde de abril, de quentura insuportável.
Ignoro a morte que se esquiva
exilada nas sombras, extenuada das lonjuras da idade.
Ela tem uma sede envelhecida.
Solange Firmino
domingo, outubro 01, 2017
quinta-feira, setembro 21, 2017
Primavera no ar...
quarta-feira, setembro 20, 2017
sábado, agosto 19, 2017
quinta-feira, agosto 17, 2017
segunda-feira, julho 31, 2017
Inverno
São intermináveis
as luas e os sóis
e o milagre dos dias que irrompe.
Chove em mim e o
ventre do abismo
acolhe o trajeto dos pássaros.
ventre do abismo
acolhe o trajeto dos pássaros.
Vejo frutas prematuras
na paisagem que criou
este poema.
Logo será tempo de morrer
e entoar um cântico
de renovação
ao fascínio incerto
do solstício.
É familiar esse aceno
das árvores
que me seduz
em pleno mês de julho.
(No meu livro "Geometria do abismo")
domingo, julho 16, 2017
quinta-feira, julho 06, 2017
Espólio
"O mantra do silêncio é calar"
[Solange Firmino]
(Trecho do poema "Espólio", no livro 'Geometria do abismo')
terça-feira, julho 04, 2017
Transição
![]() |
Imagem de Altair Castro - Jardim Botânico |
Cecília Meireles
O amanhecer e o anoitecer
parece deixarem-me intacta.
Mas os meus OLHOS estão vendo
o que há de mim, de mesma e exata.
parece deixarem-me intacta.
Mas os meus OLHOS estão vendo
o que há de mim, de mesma e exata.
Uma tristeza e uma alegriao meu pensamento entrelaça:
na que estou sendo cada instante,
outra imagem se despedaça.
na que estou sendo cada instante,
outra imagem se despedaça.
Este mistério me pertence:
que ninguém de fora repara
nos turvos rostos sucedidos
no tanque da memória clara.
que ninguém de fora repara
nos turvos rostos sucedidos
no tanque da memória clara.
Ninguém distingue a leve sombra
que o autêntico desenho mata.
E para os outros vou ficando
a mesma, continuada e exata.
que o autêntico desenho mata.
E para os outros vou ficando
a mesma, continuada e exata.
(Chorai, olhos de mil figuras,
pelas mil figuras passadas,
e pelas mil que vão chegando,
noite e dia... - não consentidas,
mas recebidas e esperadas!)
pelas mil figuras passadas,
e pelas mil que vão chegando,
noite e dia... - não consentidas,
mas recebidas e esperadas!)
sexta-feira, junho 30, 2017
Aventureira
![]() |
*Imagem cedida gentilmente pela amiga Linda Prestifilippo. |
Aventureira
Há muito não é donzela,
a fêmea versátil,
tresloucada e atrevida,
com pose de menina,
vestido de bacante,
quase miss universo,
a musa do poeta.
Ela, tão devota a ele.
Solange Firmino
quarta-feira, junho 28, 2017
Ampulheta
Ampulheta
O relógio me desorienta,
enquanto demoro a digerir a vida.
Travo uma batalha diária
entre a sorte e a fé.
Mas estou para o que der
e vier.
Solange Firmino
(No livro "Das estações")
segunda-feira, junho 26, 2017
terça-feira, junho 20, 2017
Inverno
Em homenagem ao inverno, que começa na madrugada desta quarta-feira, um poema que está no meu segundo livro, "Das estações":
Véspera
Por ora,
é preciso estar atento ao tempo,
que tudo devora,
como a solidão que corrói o indivíduo.
Na escuridão, a luz frágil flui:
sol dourado que sobrevém ao sono.
Quando eu acordar,
no alvoroço do café,
já será outra estação.
(No livro "Das estações")
domingo, junho 18, 2017
Crisálida
Crisálida
Larva-palavra
presa no cárcere do eu.
O ritmo pulsa
do abismo interno,
casulo prestes a acordar,
e desata em
poema-borboleta.
Solange Firmino
(No livro "Geometria do Abismo")
domingo, junho 11, 2017
Poesia Agora no Rio de Janeiro
Quem está fazendo poesia, agora, no Brasil?
Esse questionamento foi o ponto de partida da exposição “Poesia agora”, que abriu ontem com um sarau na Caixa Cultural do Rio de Janeiro, depois de passagens bem-sucedidas pelo Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, em 2015, (onde estive) e, mais recentemente, pela Caixa Cultural em Salvador (que pedi a minha amiga para fotografar meu poema) .
Para o curador e poeta Lucas Viriato, um dos criadores do jornal de poesia “Plástico Bolha”, o grande diferencial da mostra é sua proposta de fazer um panorama da produção poética brasileira atual.
A “Poesia agora” traz trabalhos de mais de 500 nomes.
Eis algumas de minhas fotos.
Esse questionamento foi o ponto de partida da exposição “Poesia agora”, que abriu ontem com um sarau na Caixa Cultural do Rio de Janeiro, depois de passagens bem-sucedidas pelo Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, em 2015, (onde estive) e, mais recentemente, pela Caixa Cultural em Salvador (que pedi a minha amiga para fotografar meu poema) .
Para o curador e poeta Lucas Viriato, um dos criadores do jornal de poesia “Plástico Bolha”, o grande diferencial da mostra é sua proposta de fazer um panorama da produção poética brasileira atual.
A “Poesia agora” traz trabalhos de mais de 500 nomes.
Eis algumas de minhas fotos.
![]() |
Na entrada |
![]() |
No banheiro |
![]() |
Meu poema. Desafio poético sem a letra A. |
quarta-feira, junho 07, 2017
Eu, em sépia.
Sobriedade
Hoje estou antiga,
mas vou sobrevivendo para assistir
e aplaudir os pores do sol
do outono.
Divido os grãos com sabedoria,
não quero desperdício.
A musa se esconde,
por isso estou no comando.
Busco versos antigos
e pronuncio rimas esquecidas.
Sustento-me com as palavras herdadas,
não quero passar em
branca nuvem.
Enquanto restar vida, sonho.
É como aprendo a ser lúcida
e eterna.
*No meu terceiro livro, "Das estações".
terça-feira, maio 30, 2017
Ícaro: cartão poético
Mais um cartão poético confeccionado por Carlos Machado, editor do site Alguma Poesia:
Carlos foi quem escreveu o prefácio do meu primeiro livro, Fragmentos da insônia.
O outro cartão poético está nesse link:
Quem quiser curtir o Poesia.Net no Facebook, o link é:
www.facebook.com/avepoesia
www.facebook.com/avepoesia
sábado, maio 27, 2017
Exposição Poesia Agora
Chegou a vez do RIO!
Depois de São Paulo e Salvador,10 de junho de 2017 tem Sarau de Abertura da Exposição Poesia Agora na Caixa Cultural do Rio de Janeiro, de 16h às 21h.
A exposição (que tem poema meu) ficará até 6 de agosto em cartaz.
Av. Alm. Barroso, 25 - Centro, telefone: (21) 3980-3815
quarta-feira, maio 10, 2017
Meu poema na exposição
Ainda está até 28 de maio, em Salvador.
Já foi falado aqui:
Exposição Poesia Agora
Período: de 15 de março a 28 de maio de 2017
Horário: das 9h às 18h, de terças-feiras a domingos
Local: CAIXA Cultural Salvador – Rua Carlos Gomes, 57, Centro – Salvador (BA)
Entrada franca
Uma amiga fotografou meu poema lá:
Assinar:
Postagens (Atom)