Meu livro estará em promoção no sarau das Senhoras Obscenas dia 30/07 às 18h.
Endereço: Patuscada Livraria, Bar & Café
Rua Luís Murat, 40 - São Paulo
Aqui estão os inícios dos textos da coluna "Mito em Contexto", escritos por mais de 6 anos para o site Blocos online. Também estão alguns poemas dos 7 livros escritos por mim. E também alguns ensaios, haicais e outros textos.
sexta-feira, julho 29, 2016
terça-feira, julho 26, 2016
4º Festival de Haicai de Petrópolis 2016
Fragmentos da Insônia
sábado, julho 02, 2016
Francisca Júlia
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Eu na Pinacoteca - SP |
VÊNUS
Branca e hercúlea, de pé, num bloco de Carrara,
Que lhe serve de trono, a formosa escultura,
Vênus, túmido o colo, em severa postura,
Com seus olhos de pedra o mundo inteiro encara.
Um sopro, um quê ele vida o gênio lhe insuflara;
E impassível, de pé, mostra em toda a brancura,
Desde as linhas da face ao talhe da cintura,
A majestade real de uma beleza rara.
Vendo-a nessa postura e nesse nobre entono
De Minerva marcial que pelo gládio arranca,
Julgo vê-la descer lentamente do trono,
E, na mesma atitude a que a insolência a obriga,
Postar-se à minha frente, impassível e branca,
Na régia perfeição da formosura antiga.
Mármores (1895)
Branca e hercúlea, de pé, num bloco de Carrara,
Que lhe serve de trono, a formosa escultura,
Vênus, túmido o colo, em severa postura,
Com seus olhos de pedra o mundo inteiro encara.
Um sopro, um quê ele vida o gênio lhe insuflara;
E impassível, de pé, mostra em toda a brancura,
Desde as linhas da face ao talhe da cintura,
A majestade real de uma beleza rara.
Vendo-a nessa postura e nesse nobre entono
De Minerva marcial que pelo gládio arranca,
Julgo vê-la descer lentamente do trono,
E, na mesma atitude a que a insolência a obriga,
Postar-se à minha frente, impassível e branca,
Na régia perfeição da formosura antiga.
Mármores (1895)
Fantoche
Em 2015 participei do concurso da Editora Literacidade chamado 'Metacantos', que deveria necessariamente versar sobre a arte de escrever poemas. Eis o meu poema, selecionado para a antologia:
Fantoche
Ouço o que sussurra a Musa
No silêncio, no princípio e no fim do dia.
Fonemas, palavras, dígitos,
Impressões tatuadas nos papéis e nas telas.
Quando acho que caminho sozinha
Vem você e me traz de volta.
Quando me sinto erguida,
Seu gesto me derruba.
Obedeço cegamente.
Quem detém minhas rédeas?
Usa-me, então, Poesia.
Em cada fio, um verso.
Prenda-me assim, para eu saber
Que não sou livre.
Mantém-me sã, mesmo suspensa na corda bamba.
Você é minha permanência,
meu rastro pelo caminho efêmero.
Solange Firmino
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