Com medo do precipício
eu brinquei de ser outra.
Mesmo assim, tu me habitaste,
chamaste meu nome.
Lá onde começo e termino meu dia,
a fonte e a sede misturadas,
a onda e a chuva dentro delas me fizeram
descobrir meu solo.
O tempo que não envelhece
coabita comigo.
Assim encontrei a mim mesma.
Solange Firmino
2 comentários:
Tantas vezes nos perdemos de nós mesmas. Tantas vezes nos encontramos sem esperarmos que isso aconteça...
"Com medo do precipício eu brinquei de ser outra". Que belo início de poema!
Uma boa semana com muita saúde, minha querida Amiga Solange.
Um beijo.
um poema muito bonito que deixa que pensar bjs
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