domingo, setembro 30, 2007

A matriarcais Erínias

Clitemnestra era cortejada por Agamêmnon quando ainda era casada com Tântalo II. Agamêmnon assassinou o marido e o filho recém-nascido dela, forçando-a a casar com ele. Antes de ir para a Guerra de Tróia, Agamêmnon atraiu Clitemnestra até Áulis sob falso pretexto de casar a filha Ifigênia. Mas a rainha teve que ver o sacrifício da filha, para que o marido conseguisse bons ventos para a viagem. Nos longos anos em que o marido esteve na guerra, sem esquecer do sofrimento e humilhação pelo qual já passara, Clitemnestra uniu-se, talvez por vingança, a Egisto.

Após dez anos em Tróia, Agamêmnon voltou para Micenas, trazendo como espólio de guerra a profetisa Cassandra, irmã do raptor de Helena. Clitemnestra recebeu o rei e o sacrificou dentro do palácio, com a ajuda do amante Egisto. Depois foi a vez de Cassandra.

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Solange Firmino

Texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.



Imagem: Orestes perseguido pelas Erínias, de William A. Bouguereau

domingo, setembro 16, 2007

As Amazonas


Donas de armas, cavalos e com uma estrutura social própria, as mulheres guerreiras chamadas de Amazonas foram imortalizadas na maioria das lendas como assassinas de homens. Como viviam em ilhas ou perto do mar, essas mulheres recebiam visitas de aventureiros, e dizem que elas engravidavam deles e ficavam somente com as filhas, escravizando ou matando os filhos.

Segundo uma lenda, as Amazonas eram filhas de Ares, deus da guerra. O deus teria dado um cinturão para a rainha Hipólita como símbolo do poder que a Amazona exercia sobre seu povo. O cinturão tem uma simbologia com “ligar”. Além de transmitir força, poder e proteção – tem valor iniciático.

A mais célebre luta das Amazonas aconteceu com o herói Hércules, que foi com alguns voluntários ao país das guerreiras a pedido da filha de Euristeu, Admeta, para buscar o Cinturão de Hipólita. Hércules raptou Hipólita e provocou a guerra das Amazonas contra Atenas.

Hipólita resolveu entregar o cinturão a Hércules, mas Hera se disfarçou em amazona e provocou uma briga entre as habitantes do local e os companheiros de Hércules. O herói, achando que foi traído por ela, a matou.

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Solange Firmino

Texto completo na coluna Mito em Contexto.


*Imagem: representação de Ártemis de Éfeso com os seios.

segunda-feira, setembro 03, 2007

O sacrifício de Ifigênia


Ifigênia era descendente de Zeus. Clitemnestra, sua mãe, era filha de Leda com o deus. Clitemnestra ainda era casada com Tântalos II quando Agamêmnon o matou e ao filho do casal, depois a forçou a se casar com ele. Entre os filhos de Agamêmnon e Clitemnestra estavam Ifigênia, Electra, e Orestes. Clitemnestra era irmã de Helena, a bela mulher que foi motivo da Guerra de Tróia.

Helena tinha muitos pretendentes. O pai mortal, Tíndaro, decidiu respeitar a decisão dela na escolha do noivo. E caso ele fosse atacado, todos os outros deveriam socorrê-lo. Quando o troiano Páris raptou Helena, o escolhido Menelau pediu ao irmão e rei de Micenas, Agamêmnon, a formação de um exército para invadir Tróia e recuperar a esposa. Os demais reis ligados ao juramento também foram convocados para o ataque.

Durante uma caçada antes da viagem, Agamêmnon matou uma corça consagrada à Ártemis, ou teria dito que nem ela o faria melhor. A deusa impediu que os ventos soprassem e a frota parou em Áulis. O adivinho Calcas revelou que Ártemis exigia o sacrifício da filha mais velha de Agamêmnon para que conseguissem embarcar.

O rei micênico viveu um dilema entre manter a filha viva e seu dever enquanto governante. Os intérpretes falavam a vontade dos deuses, e os interesses coletivos eram mais importantes que os individuais. O coletivo desejava o sacrifício de Ifigênia. O rei concordou com a situação após ser convencido por Menelau e Ulisses.

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Solange Firmino

Texto completo na coluna Mito em contexto.