segunda-feira, setembro 21, 2020

Dia da árvore - 2 árvores, 2 poemas

 

Rua Arthur Bernardes - Catete - RJ

Resisto e sobrevivo
entre o desejo e a fúria,
no caminho novo
de cada dia finito.
Algo me chama no relógio,
chama viva que reclama um novo dia.

Choro, fujo, reclamo,
mas tenho de ressurgir
nos pedaços de tempo
soltos nas cinzas.

Solange Firmino




                                                           Floresta Amazônica, Pará - PA

Aqui o silêncio circunda
as testemunhas verdes
das florestas paraenses

mas podia ser em qualquer lugar
que tivesse árvore

qualquer lugar pode ficar sem paisagem
desde que tenha um ser humano

Solange Firmino


 

Um comentário:

Graça Pires disse...

Aquilo que dizes coincide com a terra renovada. Por isso amas as árvores e celebras com elas a verticalidade dos troncos, o aconchego da ramagem, a disponibilidade das sombras.
Gostei muito dos teus poemas, minha querida Solange.
Cuida-te bem. Um grande beijo.

Obrigada pelo brinde ao equinócio. Com vinho ou sem ele brindamos na mesma.