Morri muitas vezes
na infância
mas ainda estou aqui
pois nenhuma vez
foi de morte morrida
Todos os dias sei que
mato a mim mesma
e Samanta
meu outro eu
que não morreu
se escondeu
embaixo da cama
nesse caos
e implora nos retratos antigos
sua sombra
para que possa
se salvar
entre os fragmentos
de sua própria
guerra interior
Solange Firmino
09/07/2020
* Para minha irmã Sulla Mino no seu aniversário
* Samanta é uma personagem que ela matou no fim de um conto.
Um comentário:
Felizes os que morrem quantas vezes é preciso até nascerem sem dor...
Magnífico este teu poema, minha querida Amiga Solange. Depreendo que a menina és tu. Que delícia...
Um grande beijo minha querida amiga.
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