O que perdura eu canto
o que escapa também
o tempo decadente e o próspero eu canto
no sem-nome eu espreito
esperando o lirismo nos nascedouros
nas entrelinhas da Criação
nas vias tortas
de pernas para o ar
a fonte da Poesia reinventa minha voz
matéria-prima que não se recompõe
como a vida
Solange Firmino
Imagem: Por mim, colar egípcio no Museu Nacional do Rio de Janeiro, que pegou fogo em 2018.
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