sexta-feira, julho 25, 2025

Clássica


O que perdura eu canto

o que escapa também
o tempo decadente e o próspero eu canto
no sem-nome eu espreito
esperando o lirismo nos nascedouros
nas entrelinhas da Criação

nas vias tortas
de pernas para o ar
a fonte da Poesia reinventa minha voz
matéria-prima que não se recompõe
como a vida

Solange Firmino 


Imagem: Por mim, colar egípcio no Museu Nacional do Rio de Janeiro, que pegou fogo em 2018.

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