Desencontrei-me nos dias descompassados
perdi pelas rotas justo a parte que era todo mundo
minha parte multidão procura palavras férteis
que me façam existir novamente
mas pondera ou delira no autorretrato
e se assusta com o fantasma sem linguagem
com uma voz que não está
nem aqui nem lá
também tenho outra parte em busca incessante
de cada sílaba imperecível que possa me nomear
uma parte que sabe que não há arte
que traduza a vida
Solange Firmino
* No livro “Quando
a dor acabar” – Quem quiser adquirir, ainda tenho exemplares!
4 comentários:
"em busca incessante de cada sílaba imperecível que possa me nomear". É assim, Poeta, que cada palavra se torna uma revelação, mesmo sabendo que nada pode traduzir a essência da vida, a não ser a própria vida.
Belíssimo poema!
Um beijo, minha Amiga Solange.
passando para desejar um lindo e feliz fim de semana cheio de saude bjs
ola bom diaaaa.
Bello y profundo poema. Te mando un beso.
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