[Para Manoel e Vanda, meus pais]
Sou metade de cada um dos meus pais.
Ao acaso, mais um rosto na Terra.
Essa história não está nos livros.
Pronuncio a palavra no colo deles,
sempre serei menina.
A idade já chegou para nós três,
temos rugas.
Entretanto, emito um verbo que nos eterniza:
arvorejar.
Criaremos galhos entre as árvores do antigo quintal;
iremos dançando uma cantiga de roda
de volta à era dos fósseis,
de geração em geração.
Nossa herança permanecerá
sem precisar de sobrenome.
Solange Firmino
No livro "Quando dor acabar", da Caravana Grupo Editorial.
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Eu e meus pais, anos 70.
7 comentários:
Achei uma maravilha esta homenagem aos teus pais. É um poema cheio de intimidade para quem tem como herança esse amor que vai para além da vida. Gosto da fotografia.
Um grande beijo.
Oi, querida amiga!
Grata por tua visita e comentário.
É verdade! Pertences a cada um dos teus pais e o colo e a ternura que te deram será lembrado para sempre, para além das lembranças que te acompanharão vida fora.
Beijos e dias com saúde.
SolFirmino,
Que versos lindos!
Adorei vir aqui.
Esper sua visita la no Espelhando.
Bjins
CatiahoAlc.
Tomei conhecimento do seu livro através da partilha feita por Graça Pires. Adorei, desejo-lhe o maior sucesso, muita saúde e muita felicidade.
Uma semana feliz
bjs
Uma bela homenagem.
Um poema belo com uma foto que gostei de ver.
Deixaram o seu legado, que ficaará nos tempos.
Um beijo
:)
Que lindo poema em homenagem a seus pais, emociona, pensei nos meus, que já me deixaram...
Vim conhecer você e seu blog, lá da nossa amiga Graça Pires.
E voltarei, fique certa!
Bjus, um feliz fim de semana.
Ei Sol,
Ficou uma imagem mental tão bonita quando li o trecho:
"Entretanto, emito um verbo que nos eterniza:
arvorejar.
Criaremos galhos entre as árvores do antigo quintal;"
Arvorejar é um verbo curioso, gostei de desenhar essa imagem na minha mente.
Um abraço!
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