Estrelas brilham,
vidas pulsam
e as palavras me olham.
Passo horas desvelando
disfarces,
metáforas,
rimas.
Entre mim e as palavras,
os minutos que desafiam as descobertas,
as distâncias astrais
e os dicionários calados.
As palavras movem-se como girassóis.
Caminham do alfabeto intacto
para a página em branco.
Fogem.
Fingem.
Querem refúgios em versos vivos.
Vírgulas.
Maiúsculas.
Sem ponto final
Solange Firmino
Imagem: Girassol na Alemanha (Heusenstamm) pela minha irmã Sullamino_photo
5 comentários:
Muito belo o teu poema, Solange.
As palavras são fugidias,
escondem-se, como aves insólitas com medo do sol.
Nunca devemos desistir de as procurar,
porque elas são a luz de todos os caminhos!
Um bom fim de semana.
Abraço!
Bello poema , te mando un beso
Passam os dias, as horas, os anos e o movimento do sol acompanha os nossos desejos, as nossas solidões e as palavras que escrevemos, para que a nossa fragilidade nos deixe dizer o que ainda não dissemos. Sem medo da página em branco onde o nosso perfil se insinua.
O teu poema é lindíssimo, minha querida Solange.
Continua a cuidar-te.
Uma boa semana.
Um beijo.
Ei Solange,
Gostei do seu poema e da fotografia da sua irmã.
"As palavras movem-se como girassóis.
Caminham do alfabeto intacto
para a página em branco."
Lindos versos! Um poema sem ponto final, porque não tem fim.
A vida é pura poesia para quem lê nas entrelinhas.
Um abraço!
Beautiful blog
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