Possuída de desordem,
escrevi os silêncios
que resgatei da memória.
Por um instante,
acreditei ser eterna.
Acordei fazendo versos.
Profanei metáforas.
Queria semear sílabas perfeitas.
Inesperadamente,
sangrei o inverossímil poema,
decepei minhas rimas preferidas.
Para desespero
dos sinos que dobravam.
Solange Firmino
*Foto: Eu em frente ao Templo de Dendur - Metropolitan Museum of Art - New York
Um comentário:
Que poema este, ao mesmo tempo forte e delicado, minha querida Amiga Solange. Gostei mesmo.
Cuida-te bem.
Uma boa semana.
Um beijo.
Postar um comentário