terça-feira, maio 02, 2023

Clássica

 


O que perdura eu canto
o que escapa também
o tempo decadente e o próspero eu canto
no sem-nome eu espreito
esperando o lirismo nos nascedouros

nas entrelinhas da Criação
nas vias tortas
de pernas para o ar
a fonte da Poesia reinventa minha voz
matéria-prima que não se recompõe
como a vida

Solange Firmino 


 Flor do meu jardim. Abril de 2023.

2 comentários:

Teresa Isabel Silva disse...

Muito bom!

Bjxxx
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Graça Pires disse...

"A fonte da poesia reinventa a minha voz". São tão enigmáticas as "linhas da criação". Um poema muito belo.
Tudo de bom.
Um beijo.