Aconchego as palavras devagar
antes que fujam no inesgotável silêncio cadente
o poema surge no esboço
no rascunho cansado da memória
exibe cicatrizes no abismo possível
da implacável poesia
antevê os limites insones
do céu esculpido em nuvem
e se afoga no mais remoto cais
como argonauta que vaga a esmo
comete o delito de atravessar sem bússola
o grande mar que é a vida
Solange Firmino
*No livro "Diante das marés", da Caravana Grupo Editorial.
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2 comentários:
Olá Solange!
Muito belo o teu poema!
O meu aplauso, Poeta!
Um abraço!
Mais um poema do teu lindíssimo livro "Diante das Marés". Não me lembrei que dia 20 era Dia do Poeta aí no Brasil. Que tenhas tido um dia lindo, Poeta minha Amiga.
Um beijo.
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