O passar dos dias
põe a cor grisalha
nos meus cabelos.
O tempo escasso
é propício ao esquecimento
e à lonjura da infância.
No meu olhar
e nos meus lábios
a marca da sede.
Eu espero o outono
na beira do abismo.
Choro por instinto
só para enxugar a face
em frente ao espelho.
Solange Firmino
2 comentários:
Voltar à infância. Ficar nesse lugar mágico para esquecer o futuro.
Lindíssimo, Solange!
Um beijo enorme.
Apesar de achar um pouco triste o poema, gostei de cada palavra.
Não podermos sucumbir nossa criança interior. Ela é nossa alegria de viver e observar as pequenas belezas da vida.
Gostei das suas fotografias de quando criança!
Um abraço!
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