que o sertão se fez mar
desordenou o que era feito para morrer
os excluídos veneraram as ondas
amaram as ressacas
ajoelharam-se embevecidos diante das marés
catando pela primeira vez as ostras
agradeceram aos ventos
antes que viesse mais uma catástrofe
da eternidade só sabiam a palavra
Solange Firmino
No livro "Diante das marés", Caravana Grupo Editorial.
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3 comentários:
Este teu poema é de uma beleza e sabedoria extraordinárias.
Cuida-te bem, minha querida Amiga Solange.
Uma boa semana.
Um beijo.
Olá Solange,
Excelente Poema!
Um grito que sufoca no meio da tempestade...
Feliz fim de semana
Abraço!
A natureza cerrada do sertão, abrindo-se num mar pródigo de ostras. Nem sempre os excluídos estão isolados e famintos.
Abraço poético.
Juvenal Nunes
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