segunda-feira, julho 31, 2017

Inverno

Foto tirada por mim em Gramado
















São intermináveis
as luas e os sóis
e o milagre dos dias que irrompe.



Chove em mim e o
ventre do abismo
acolhe o trajeto dos pássaros.


Vejo frutas prematuras
na paisagem que criou
este poema.


Logo será tempo de morrer
e entoar um cântico
de renovação
ao fascínio incerto
do solstício.


É familiar esse aceno
das árvores
que me seduz
em pleno mês de julho.


(No meu livro "Geometria do abismo")

Um comentário:

Graça Pires disse...

Gosto muito deste teu poema.
"Chove em mim e o
ventre do abismo
acolhe o trajeto dos pássaros"
Uma beleza.
Um beijo, minha Amiga Solange.