Sobriedade
Hoje estou antiga,
mas vou sobrevivendo para assistir
e aplaudir os pores do sol
do outono.
Divido os grãos com sabedoria,
não quero desperdício.
A musa se esconde,
por isso estou no comando.
Busco versos antigos
e pronuncio rimas esquecidas.
Sustento-me com as palavras herdadas,
não quero passar em
branca nuvem.
Enquanto restar vida, sonho.
É como aprendo a ser lúcida
e eterna.
*No meu terceiro livro, "Das estações".
Um comentário:
Percorri o seu blogue e li alguns poemas seus.
E, porque gostei, dado que são excelentes, deixo aqui o meu reconhecimento pelo talento que as suas palavras revelam.
Solange, tenha um bom fim de semana.
Beijo.
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