Gaia personificava a capacidade geradora da Terra. Como primeira entidade a emergir do Caos, dela provêm as linhagens divinas. Primeiro surgiram Urano, o céu, as Montanhas e Ponto, o mar. Gaia se uniu a Urano e Ponto e gerou numerosos descendentes. O culto de Gaia era frequente em épocas antigas da cultura grega, mas foi suplantado pelos cultos dos deuses do Olimpo. Em Delfos, principal local de seu santuário, foi instalado o
Oráculo consagrado a
Apolo, o deus que matou a guardiã Píton. Gaia não era como as deusas-mães pré-helênicas, ligadas aos animais e à vegetação. Esses atributos foram incorporados mais tarde por deusas como Afrodite, Ártemis, Deméter e Cibele/Reia. A titânida Reia se uniu a Crono após a destituição de Urano e com ele gerou os primeiros deuses olímpicos: Héstia, Deméter, Hera, Hades, Poseidon e Zeus. As representações mais importantes de Reia são as que remetem ao nascimento de Zeus, quando foi para a ilha de Creta e deu à luz ao menino que destronaria o pai Crono. Reia logo foi equiparada com a deusa Cibele.
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Solange Firmino
Texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.
Imagem: Cibele, Século II a.C.
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