No século XVII, Galileu Galilei comprovou que a Via Láctea é realmente formada por uma imensidão de estrelas, conforme alguns antigos gregos já haviam dito, como Anaxágoras e Demócrito. Para o homem moderno, começava aí a descoberta da natureza da Via Láctea. No século XVIII, Edmund Halley comparou posições de estrelas da época com aquelas encontradas nos catálogos de 1500 anos antes feitos por Ptolomeu. Ele concluiu que as estrelas mudavam de posição, descobrindo o movimento próprio delas. O homem moderno vive em cidades que ofuscam a luz das estrelas, mas os cientistas vivem e observando o céu com seus telescópios maravilhosos e descobrindo mais segredos sobre as galáxias.
Galáxia é o nome grego para Via Láctea. O termo vem de gala, leite. O adjetivo galaktikos sugere o termo “branco leitoso”. Quando olhamos o céu noturno sem as luzes da cidade, temos a impressão que parte do céu realmente contém uma estrada esbranquiçada. Os romanos deram o nome de Via Láctea, caminho de leite, a essa aparência; o láctea latino deu origem a nomes como leite e laticínio. Por vários séculos galáxia e Via Láctea foram palavras sinônimas; à medida que aumentou nosso conhecimento do Universo, o primeiro termo passou a ter significado mais genérico. A ligação poética com o leite foi dada pela mitologia, que atribuía a formação da Via Láctea ao leite do seio de Hera, esposa de Zeus.
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Solange Firmino
Texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online.
Imagem: Alcides mamando em Hera.
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