Durante muito tempo os mitos foram o principal instrumento de compreensão do mundo. A sociedade moderna se afastou dos seus ensinamentos, o que não significa que tenhamos encontrado o sentido da existência ou que a vida na Terra pareça menos ameaçadora. Mas o que é atemporal resiste, e as narrativas míticas ainda fazem sentido para muitos, sejam pesquisadores ou simples curiosos; pessoas que acreditam em várias formas de se investigar o mundo. Pessoas como Leila Míccolis, a quem agradeço o convite há dois anos para escrever sobre "mito em contexto" - S.F.
Ártemis e Hécate, divindades lunares
Eos, a Aurora, abria a porta do Céu para o carro de Hélio, o Sol, que enchia o mundo de luz. Selene, a Lua, completava a tríade das antigas divindades siderais. Selene começava seu trabalho num carro de prata, ao entardecer, quando Hélio terminava sua viagem. Selene não teve culto especial, somente quando se identificou com Ártemis, cujo culto foi mais elaborado. Depois, Ártemis suplantou Selene, como Apolo a Hélio.
A Ártemis grega resulta do sincretismo da Ártemis oriental com a ocidental. Após a ocupação da Grécia, Creta e parte da Ásia Menor pelos helenos, Ártemis de Éfeso, a deusa asiática da fecundidade, acabou transformada em virgem caçadora. Sua mãe ficou grávida depois de uma aventura com Zeus e foi perseguida pela ciumenta esposa dele. Recebida na ilha de Delos, Leto deu à luz Ártemis, que em seguida ajudou no nascimento do irmão gêmeo Apolo. Assustada com o sofrimento da mãe durante o parto, quis ficar sempre virgem. As mulheres do seu cortejo deviam permanecer virgens como ela. Mas isso não impediu sua associação com a fecundidade feminina .
(...)Solange Firmino
Leia o texto completo na coluna Mito em Contexto em Blocos online.
Imagem: Hécate, William Blake.
Um comentário:
Oi!
Amei conhecer o seu blog, você tem muitos textos bonitos!
Abraços
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